domingo, 10 de abril de 2011

Coluna Cult Trash, #3: de Realengo à Davinópolis



É de fazer nazista ter pena de judeu. Estamos em uma guerra urbana! Gente morrendo e matando por pouca coisa, ou melhor, gratuitamente quase sempre, os índices de criminalidade aumentando, e no final, os valores familiares sepultados juntos com o bom senso e o lado humano das pessoas com espírito selvagem.

Esta coluna expõe muito a impressão de que eu sou uma pessoa moralista, até de costumes militares. Confesso que penso quase igual ao Jair Bolsonaro, deputado que foi escorraçado por suas opinões fortes, mas que sua ideologia é admirável. Defender os valores da família, e códigos penais mais rígidos para mim, é ser um bom deputado, dentro dessa política que o que não rouba é otário, e quem fatura se reelege.

Ultimamente todos se comoveram com a tragédia que ocorreu em Realengo, em que dezenas de crianças foram sacrificadas pelo traumatizado Wellington – que pra mim deve ter visto muito documentário sobre muçulmano, e deve ser fã do Bin Laden -, e por isso foi reaberta discussão sobre segurança pública, educação nas escolas, influência dos veículos de comunicação para os jovens... e uma panada de temas importantes.

Mas dentro de toda a comoção, nos esquecemos da realidade próxima que nos agracia de uma maneira deveras, desagradável. Existem casos de polícia tão graves quanto à do Rio de Janeiro, que não são assistidos, e nem geram repercurssão. 


No bairro onde o primeiro ano E estuda e o Senai se localiza, Monte Castelo, em 2009, aconteceu uma tragédia familiar, em que o Valdinar Froz Lindoso, matou seu sogro, sogra, cunhada, esposa e filho de cinco anos, com uma pistola com silenciador.

E ainda no nosso estado, e também no mérito das escolas públicas, na cidade de Davinópolis, que é um município emancipado da cidade de Imperatriz, um estudante de 16 anos, durante três anos, levou para a sala de aula todos os dias um revólver calibre 38.

O que estamos esperando para tentar salvar essa nova geração, que convive com medo de ódio no coração? Como amenizar a angústia de ter problemas de conflitos graves, dentro onde se tenta formar novos cidadãos? Complicado.


Danilo Quixaba

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